Entenda quais são os tipos de pneumonia mais comuns

Em geral, as pneumonias podem ser classificadas de acordo com alguns critérios, como agente etiológico, particularidades dos sintomas e formas de contágio. Os tipos de pneumonia variam de acordo com os agentes causadores da enfermidade, que são distintos e variados entre si. 

Em vias gerais, esse tipo de quadro infeccioso afeta as vias respiratórias, mas pode atingir outros órgãos. Em vista disso, independentemente de a pneumonia ser causada por vírus, bactérias ou outros patógenos, é importante ter cuidado para evitar complicações.

Nesse sentido, saber o comportamento dessa doença é essencial para buscar ajuda profissional mediante qualquer suspeita. Assim como acontece com outras infecções, se não tratada logo, a pneumonia pode agravar rapidamente e colocar a vida do paciente em risco.

O que causa a pneumonia?

Classificadas como uma das principais doenças de inverno, as infecções respiratórias associadas à pneumonia podem ser causadas por diferentes razões. Além do agente etiológico, como vírus ou bactérias, alguns fatores também são determinantes para o surgimento dessas doenças.

Do ponto de vista fisiológico, a pneumonia acontece pela ação de agentes patológicos que afetam as funções dos pulmões. Ela também pode ser provocada por substâncias tóxicas que atingem os alvéolos, as estruturas responsáveis pela respiração.

No entanto, existem determinantes que elevam os riscos para o desenvolvimento da pneumonia:

  • pessoas imunossuprimidas, já que, nesse grupo, a defesa imunológica é comprometida;
  • fumantes, por causa da mudança estrutural que leva ao enfraquecimento dos pulmões;
  • profissionais expostos ao amianto, elemento que prejudica as funções pulmonares;
  • exposição constante a fatores ambientais como vento, frio e chuva;
  • exposição a aglomerações ou a ambientes hospitalares.

Quais são os tipos de pneumonia mais comuns?

No Brasil e em outros países subdesenvolvidos, a pneumonia ainda liderava o ranking, até 2020, como a principal causa de morte em crianças, segundo informações da Sociedade Brasileira de Pneumonia e Tisiologia (SBPT), divulgadas pela Agência Brasil. Isso torna a educação preventiva essencial como um possível fator de transformação dessa realidade.

Nesse contexto, disseminar informações sobre a doença é fundamental para proteger a população desses quadros e evitar a evolução para situações com risco de mortalidade.

Pensando nisso, listamos os principais tipos de pneumonia. Veja quais são!

Pneumonia bacteriana

Esse é o tipo de pneumonia predominante em crianças, adultos e idosos. Ela é causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que é mais conhecida por pneumococo, devido ao seu formato.

Entretanto, a pneumonia bacteriana também pode ser provocada por outras cepas bacterianas que, inclusive, podem provocar a gripe. As mais comuns e que costumam estar presentes nos ambientes contaminados são Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae.

Geralmente, essa infecção é tratada com antibióticos. Contudo, para uma melhora mais rápida do quadro, é necessário outros cuidados, como repouso, hidratação e adoção de dietas mais nutritivas.

Pneumonia viral

Causada por vírus, este é um quadro infeccioso pulmonar que pode ter rápida evolução para complicações. Entre os agentes que causam esse tipo de pneumonia, destacam-se coronavírus e influenza (H1N1).

Geralmente, os vírus causadores de pneumonias apresentam características que promovem inflamação mais rápida nas vias aéreas. Por isso, o funcionamento das cavidades nasais, da faringe e da laringe é rapidamente comprometido. Nos quadros mais graves, sintomas como o acúmulo de líquidos nos alvéolos provocam a falta de ar.

Pneumonia fúngica

Ainda que seja mais rara, os quadros de pneumonia associados à infecção por fungos são de alto risco. Essa doença é mais comum em pacientes imunodeprimidos, como os acometidos por HIV, leucemia ou por outras complicações da defesa imunológica. O fungo que causa essa pneumonia é o Aspergillus sp.

Pneumonia química

Muito comum entre certas classes de trabalhadores, essa pneumonia é associada à infecção resultante da exposição a agentes químicos como solventes, elementos como amianto, vapores ou gases tóxicos. A inalação frequente de fumaça também aumenta os riscos para a doença.

Quando inaladas, tais substâncias entram em contato com os alvéolos e provocam irritação em suas paredes. Isso reduz a capacidade respiratória e pode causar problemas irreversíveis ao paciente.

Pneumonia relacionada aos ambientes 

Alguns tipos de pneumonia estão mais relacionados ao ambiente e aos fatores externos para se desenvolver do que aos agentes químicos e biológicos que estimulam a patologia. Confira, a seguir, os dois principais tipos. 

Pneumonia hospitalar

Por definição, este tipo de pneumonia é adquirido, pelo menos, 48h depois de uma internação — mas é importante frisar que ela não estava incubada no momento antes da chegada ao hospital. 

Em vias gerais, a pneumonia hospitalar é causada por cepas bacterianas que se tornam mais resistentes aos antibióticos. Por isso, é necessário adotar medidas que possibilitem a prevenção dos riscos que o ambiente representa.

Infelizmente, a contaminação pelas superbactérias ainda é muito comum nesses espaços. Além da equipe que atua nesses setores, pacientes imunodeprimidos e aqueles que precisam de ventilação mecânica integram o grupo de risco para esse tipo de pneumonia.

Assim, os trabalhadores da saúde e os pacientes crônicos que passam longos períodos hospitalizados têm uma chance elevada de se contaminar. Mais uma vez, as medidas de educação preventiva tornam-se um importante diferencial para controlar tais quadros.

Pneumonia comunitária

Essa doença é classificada assim devido à sua forma de contágio. Ou seja, a pneumonia comunitária é caracterizada por quadros adquiridos em ambientes nos quais o paciente é exposto, mas fora do espaço hospitalar. 

Por definição, a pneumonia comunitária ou PAC — que é a Pneumonia Adquirida na Comunidade — é a infecção que se desenvolveu fora do ambiente hospitalar. Em geral, ela se manifesta até 48h após uma internação. Um exemplo é a pandemia de Covid-19, que se espalhou pelo mundo devido à transmissão comunitária.

O controle da propagação dessa doença foi mais eficaz quando surgiram as vacinas. A diminuição dos sintomas e dos riscos de piora do quadro comprovou que os imunizantes foram importantes diferenciais para salvar vidas.

Quando procurar atendimento médico?

Em geral, as características e o grau de comprometimento dos sintomas dependem do tipo de pneumonia e da condição imunológica da pessoa. Além de reduzir os riscos de contágio, a vacina contra pneumonia evita a piora desse quadro.

Considerando os riscos que a pneumonia representa, o ideal é buscar ajuda médica logo que surgirem sinais ou indícios dessa enfermidade.

Na maioria dos quadros de pneumonia, os sintomas iniciais são:

  • dor de cabeça;
  • dores no corpo;
  • febre;
  • tosse;
  • mal-estar;
  • dor no peito ao respirar;
  • cansaço e fadiga.

Como você notou, conhecer essas classificações e diferenciar os tipos de pneumonia é crucial para auxiliar no diagnóstico e direcionar ao tratamento mais adequado. Para manter a saúde em dia, também é importante se prevenir dos tipos de gripe mais comuns.

Assim como a pneumonia e a gripe, outros quadros respiratórios também podem ser evitados por meio da imunização. Sendo assim, tão importante quanto evitar a exposição aos fatores que causam essas doenças é manter o cartão de vacinas em dia.

Agora que já sabe a importância de se prevenir contra todos os tipos de pneumonia, visite a unidade mais próxima do Centro de Medicina e agende suas vacinas!

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