Pele empolada: conheça as principais causas e como tratar
Você sabe quais são as doenças que podem deixar a pele empolada? Geralmente, isso acontece em pessoas que têm algum tipo de alergia, tais como a de alimentos, medicamentos ou picadas de insetos. Porém, algumas viroses também podem causar esse desconforto.
Em vista disso, vamos explicar a relação entre essas alterações da pele com doenças causadas por vírus, principalmente as que são transmitidas por insetos, como a dengue ou herpes-zóster, que são viroses que podem provocar alterações e desconforto na pele. Continue a leitura para saber mais sobre o tema e as formas de tratamento!
O que significa quando a pele fica empolada?
Em geral, o empolamento da pele é quando ela demonstra reações variáveis, as quais acontecem devido ao grau de sensibilidade da derme. Essa condição pode acontecer por diversas razões, como alergias ou doenças virais. O tipo de empolamento varia conforme a causa.
Às vezes, a pele fica avermelhada e irritada mesmo antes de empolar. Um dos principais sinais de empolamento é a formação de elevações semelhantes a pequenos caroços que costumam coçar ou arder.
Pele empolada: conheça as principais causas
Em linhas gerais, várias situações ou quadros patológicos podem provocar reações cutâneas. Vale destacar, entretanto, que nem sempre isso significa que a pessoa está infectada por alguma doença. Pode ser só uma reação da pele.
Destacamos algumas doenças ou circunstâncias — como as alergias — que deixam a pele empolada. Veja quais são.
Urticária
Resumidamente, esse é um tipo de lesão de pele caracterizada por vermelhidão, placas em relevo, dor, desconforto e coceira. Em sua maioria, a urticária é provocada por processos alérgicos.
Existem diversas condições associadas a esse processo. Entre os mais relevantes, destacam-se os seguintes:
- Reação provocada por certos tipos de medicamentos.
- Alimentos, tais como camarão, amendoim e derivados de leite.
- Contato com substâncias irritantes para a pele sensível, tais como látex, pólen, tintas e saliva de animais.
Vale destacar, ainda, que algumas pessoas podem desenvolver hipersensibilidade a certos produtos que antes não lhes causavam alergias. Sendo assim, mesmo quem já teve contatos prévios com substâncias alérgenas, mas sem nunca ter apresentado sinais de alergia, pode passar a apresentar sintomas.
Picadas de inseto
Mesmo que sejam mais comuns em crianças, as picadas de inseto costumam provocar empolamento na pele de pessoas de todas as idades. Isso acontece porque, após a picada, os mosquitos injetam a sua saliva com substâncias que possuem ação anticoagulante.
Logo, as substâncias presentes na saliva do mosquito são responsáveis por causar reações alérgicas, principalmente o empolamento da pele. Contudo, o grau de comprometimento varia conforme a sensibilidade individual: em pessoas mais sensíveis, os efeitos dos alérgenos são mais acentuados.
Crises de ansiedade e de estresse
Além dos fatores físicos, os aspectos de ordem emocional também interferem na resposta do organismo às agressões. Assim, é preciso considerar fatores ligados ao estresse e à ansiedade, já que eles potencializam as reações alérgicas na pele.
Portanto, pessoas com crises recorrentes de ansiedade ou que têm uma rotina muito estressante podem desenvolver reações que deixam a pele empolada.
Sarampo
Caracterizado pelo surgimento de pontinhos vermelhos, o sarampo ainda é uma doença comum em algumas regiões do Brasil. Segundo o Boletim Epidemiológico de 2022, emitido pelo Ministério da Saúde, em 2020 foram confirmados 8.448 casos da doença. Em 2021, foram 676 casos de sarampo.
Tais dados acendem um alerta quanto à importância da vacinação e das campanhas de prevenção contra essa enfermidade. O protocolo do Ministério da Saúde (MS) prevê que o esquema vacinal contra o sarampo deve constar duas doses: a primeira aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses.
Porém, se por alguma razão a criança não receber o imunizante, os pais devem procurar uma instituição que faça essa vacina. Manter o cartão de vacinação em dia é a forma mais segura para evitar o desenvolvimento dessas doenças que, inclusive, podem deixar sequelas na vida adulta.
Essa doença é provocada pelo Morbillivirus e apresenta os seguintes sintomas:
- Tosse.
- Coriza.
- Olhos inflamados.
- Dor de garganta.
- Febre e irritação na pele.
- Empolamento e manchas vermelhas.
Varíola dos macacos
A Monkeypox, que deixou o Brasil alarmado em 2022, também causa algumas lesões na pele. Os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, uma vez que apresenta bolhas e feridas na pele, em especial no rosto, nas mãos, nos pés e nos olhos.
Essa enfermidade foi observada, de forma primária, em primatas. Por isso o nome do vírus. Ele pode ser transmitido por meio da troca de fluídos com pessoas contaminadas, no compartilhamento de objetos ou ao ter contato com o líquido das bolhas.
Catapora
Também conhecida por varicela, essa doença é causada pelo vírus Varicela zoster. Esse agente viral é da mesma linhagem genética de outro vírus bastante conhecido, o Herpes simples, que causa a herpes labial.
Estudos disponibilizados na Secretaria de Saúde de Minas Gerais apontam o aumento do herpes-zóster, principalmente após a pandemia de Covid-19. Há suspeitas de que a doença tenha relação com a queda da imunidade, o que reforça ainda mais a necessidade de vacinação contra o vírus Varicela zoster.
O herpes-zoster também pode deixar a pele empolada, especialmente em pessoas que têm alergias ou a pele muito sensível. Isso pode acontecer mesmo que a principal característica dessa virose seja a formação de vesículas — que são bolinhas cheias de líquido.
Em vias gerais, as regiões do corpo mais afetadas pelo herpes-zóster são o tórax, abdômen e costas. No curso da doença, alguns sintomas podem ocorrer antes de formar as lesões na pele. Os mais comuns são:
- Sensação de formigamento e de adormecimento de certas áreas da pele.
- Ardência e coceira.
- Febre baixa.
- Dores de cabeça, dores no corpo e mal-estar geral.
Principais cuidados com as lesões do herpes-zóster
Para evitar contaminar outras pessoas, é preciso tomar cuidado ao tocar nas feridas causadas pela catapora. A recomendação é que a pessoa lave as mãos antes e depois de tocar nas lesões, preferencialmente com água e sabão.
Ter esse cuidado evita tanto a contaminação de pessoas próximas como a disseminação da doença. Além disso, evitar coçar ou espremer as lesões diminui o risco de infectar as feridas com germes que podem estar presentes nas mãos sujas, o que pode agravar as lesões.
Igualmente relevante é ter cuidado com as bolinhas, que ficam cheias de líquido contaminado com o vírus herpes-zóster. Se perceber que elas estão estourando, não fure nem faça compressão no local. O ideal é cobrir a área afetada para não deixar que o líquido escorra pela pele.
Quando devo me preocupar com alergia na pele
A pele empolada pode surgir por diversos motivos. Às vezes, surgem manifestações típicas de alergia ou problemas associados a múltiplas causas de origem não alérgica, como as infecções de origem viral ou bacteriana.
Por isso, é indicado que as pessoas que notarem o surgimento de marcas na pele procurem ajuda profissional com agilidade. Neste sentido, o ideal é não perder tempo, nem se automedicar: busque o auxílio de um especialista para avaliar e cuidar do caso. A depender do tipo de empolamento, os mais indicados são o dermatologista e o infectologista.
Cuidados que reduzem o risco de empolamento na pele
Para facilitar a sua compreensão, enumeramos algumas práticas que auxiliam na redução do risco de empolamento da pele. Veja quais são!
- Evite tomar banhos muito demorados e quentes, pois a água quente retira a oleosidade natural da pele e a deixa ressecada.
- Não utilize buchas nem esponjas para esfregar a pele.
- Opte por sabonetes suaves, pois são preferencialmente indicados para pele seca.
- Cultive o hábito de aplicar hidratante em todo o corpo, logo após o banho.
- Evite o uso de jeans apertados ou roupas de lycras, pois elas impedem a oxigenação adequada da pele.
- Organize sua rotina e diminua o estresse e a ansiedade, pois tais sensações também contribuem para o surgimento de alterações dermatológicas.
Diagnóstico e tratamento da pele empolada
Dependendo do quadro, os sintomas de pele empolada podem ser tratados por um médico generalista, o clínico geral. Porém, caso surja algo mais grave, o ideal é buscar um especialista no assunto. Os mais indicados são:
- Dermatologista: quando a doença tem causas ligadas a alergias.
- Infectologista: indicado para quadros de infecção viral, tais como sarampo e catapora.
Visite o Centro de Medicina
Além da catapora, outras viroses como o sarampo e doenças mais preocupantes como a Varíola dos Macacos também podem causar alterações que deixam a pele empolada. Por isso, o ideal é manter o cartão de vacinação em dia e garantir a proteção contra tais quadros.
Nós, do Centro de Medicina, temos um firme compromisso com a prevenção e promoção da saúde coletiva. Para tanto, disponibilizamos exames e vacinas a preços acessíveis, além de atendimento especializado e serviços de qualidade e padronizada.
Também disponibilizamos vacina contra o herpes zóster, que amplia a proteção do corpo contra uma virose que pode se espalhar, como a Varicela zoster. Ao colocar as vacinas em dia, você diminui o risco de desenvolver os quadros mais graves das doenças. Por isso, proteja-se!
Agora que já conhece os riscos da pele empolada, aproveite para visitar a unidade do Centro de Medicina mais próxima para colocar seus exames e vacinas em dia!
Até a próxima!