Você sabe o que é Medicina Nuclear? Esclareça as suas dúvidas sobre o tema!

A busca por informações sobre as novas metodologias terapêuticas também integram os cuidados com a saúde para ter em 2022. Assim, saber o que é medicina nuclear abre um leque de possibilidades de diagnóstico e tratamentos mais eficazes em diversas especialidades médicas.

Neste texto, vamos explicar o conceito, para que serve e quais opções oferece para uma intervenção mais qualificada em inúmeras doenças. Veja, então, quais são os benefícios que a medicina nuclear apresenta para a saúde e porque essa área está em plena expansão.

O que é medicina nuclear e para que serve?

A medicina nuclear usa pequenas quantidades de material radioativo combinado com uma molécula transportadora. Esse composto é chamado de radiotraçador ou radiofármaco. Os médicos usam testes de medicina nuclear para diagnosticar, avaliar e tratar várias doenças, como câncer, doenças cardíacas, distúrbios gastrintestinais, endócrinos e neurológicos.

Ou seja, a medicina nuclear determina como o corpo está funcionando ao nível celular. Portanto, ela é capaz de:

  • Encontrar a doença em seus estágios iniciais;
  • Direcionar o tratamento para células específicas;
  • Monitorar a resposta ao tratamento.

Pode-se dizer que a medicina nuclear é uma das áreas de saúde que mais explora os recursos de tecnologia. Isso porque ela utiliza métodos seguros e não invasivos para empregar materiais radioativos nas terapias.

Vale destacar que o risco de prejudicar o paciente é baixo, já que a quantidade de radiação utilizada nos procedimentos é pequena. Os radiofármacos, citados anteriormente, são substâncias radioativas aplicadas pela medicina nuclear durante a avaliação diagnóstica e também no tratamento de várias enfermidades.

Quando usada para diagnóstico, o nível de exposição à radiação é aproximadamente o mesmo que uma pessoa recebe durante uma radiografia de tórax de rotina ou uma tomografia computadorizada. Como resultado, a medicina nuclear e os procedimentos de imagem são considerados não invasivos e relativamente seguros. Sua eficácia no diagnóstico de doenças significa que os benefícios normalmente superam os riscos.

Portanto, esse método tem sido amplamente explorado, e os resultados costumam ser muito satisfatórios. Logo, o uso da medicina nuclear permite avaliar, de forma mais detalhada, o funcionamento dos órgãos e tecidos vivos, sem, contudo, oferecer um grande risco de prejudicá-los.

Terapias no câncer

Devido a sua eficácia comprovada, as abordagens terapêuticas da medicina nuclear são utilizadas no tratamento de diferentes tipos de tumores. Porém, o emprego dos radiofármacos é monitorado e prescrito em dose única ou em pequenas doses. Ou seja, esse método é diferente das medicações habituais, que exigem o uso contínuo.

Em casos de câncer, os médicos usam a medicina nuclear para:

  • Determinar o estádio do câncer;
  • Analisar se o câncer se espalhou;
  • Encontrar o linfonodo mais próximo de um tumor (sentinela);
  • Plano de tratamento;
  • Avaliar como o câncer está respondendo à terapia;
  • Verifique se há câncer recorrente;
  • Detectar tumores raros do pâncreas e glândulas suprarrenais.

Terapias em doenças não oncológicas

Ao contrário do que muitos pensam, os radiofármacos não são de uso exclusivo para as terapias oncológicas. Esses medicamentos também podem ser ministrados no cuidado de doenças da tireoide, dores ósseas, problemas hepáticos e muitas outras.

Os seguintes casos são exemplos em que pode-se aplicar a medicina nuclear:

  • No cérebro:
    • identificar áreas que podem estar causando convulsões;
    • investigar anormalidades em pacientes com convulsões, perda de memória e problemas de fluxo sanguíneo;
    • detectar o início precoce de distúrbios neurológicos, como a doença de Alzheimer;
    • auxiliar no planejamento cirúrgico;
    • avaliar anormalidades em pacientes com suspeita de doença de Parkinson ou outros distúrbios do movimento;
    • verificar se há um tumor cerebral recorrente.
  • Nos ossos:
    • verificar os ossos para procurar fraturas, infecções e artrite;
    • avaliar doença óssea metastática, articulações protéticas e tumores ósseos;
    • procurar locais em que é preciso fazer biópsia.
  • Nos pulmões:
    • verificar se há problemas de respiração e fluxo sanguíneo;
    • avaliar a função pulmonar para cirurgia;
    • verificar rejeição de transplante de pulmão.
  • No coração:
    • verificar se há rejeição de transplante de coração;
    • avaliar os resultados dos procedimentos de revascularização;
    • verificar a função cardíaca antes e depois da quimioterapia;
    • avaliar danos ao coração após um ataque cardíaco;
    • olhar o fluxo sanguíneo e as funções do coração;
    • avaliar as opções de tratamento, como bypass e angioplastia.
  • Outras partes do corpo:
    • procurar inflamação ou função anormal da vesícula biliar;
    • avaliar as complicações após a cirurgia da vesícula biliar;
    • procurar sangramentos no intestino;
    • encontrar a causa da febre inexplicável;
    • encontrar infecção;
    • medir a função da tireoide;
    • ajudar a diagnosticar distúrbios das células sanguíneas.

Quais exames são realizados por medicina nuclear?

Em tese, a aplicação da medicina nuclear é bem ampla e tem sido bastante útil nas demandas médicas de diferentes especialidades. Através de exames, os profissionais podem coletar imagens do corpo dos pacientes. Desse modo, eles visualizam, com mais precisão, as estruturas necessárias para a realização de análises mais criteriosas.

Na verdade, a maioria dos exames clínicos em medicina nuclear são feitos de modo simples, como se estivessem sendo tiradas fotografias. Entre os exames mais indicados, destacam-se a cintilografia e o PET-SCAN.

Essas técnicas permitem que os médicos tenham mais opções de procedimentos menos invasivos, principalmente para os diagnósticos. Por isso, a medicina nuclear ajuda bastante na rotina clínica, inclusive quando há indicação de cirurgias.

Com a tecnologia usada na medicina nuclear, é possível não apenas padronizar os serviços como salvar muitas vidas. O avanço desses recursos proporciona mais qualidade nos procedimentos e torna o cuidado com os pacientes mais humanizados.

Onde a medicina nuclear é empregada? 

Como vimos anteriormente, a medicina nuclear é largamente utilizada em diversas áreas médicas. Pode-se citar a oncologia, a hematologia, a neurologia, a pneumologia, a cardiologia e muitas outras. Esse método pode ser aplicado para a definição de diagnósticos difíceis, como nos casos de doenças diferentes que apresentam os mesmos sintomas.

Enfermidades graves, como embolia pulmonar, infecções agudas e infarto do miocárdio, podem ser mais rapidamente identificadas, e esse tempo é fundamental para auxiliar na decisão médica sobre a conduta terapêutica mais adequada. 

Portanto, o uso de medicina nuclear representa a viabilidade de soluções tanto para o diagnóstico precoce como para o início imediato dos tratamentos. Nas terapias oncológicas, esse ganho de tempo faz muita diferença, haja vista a velocidade de progressão dos tumores, como o de mama ou de útero.

Quais são os benefícios da Medicina Nuclear?

Essa é uma das áreas mais relevantes e em expansão da medicina. Diferentemente dos procedimentos radiológicos comuns, a medicina nuclear permite avaliar as células e tecidos com mais nitidez. Assim, os profissionais conseguem visualizar os detalhes de alterações patológicas antes mesmo de os pacientes relatarem os sintomas. 

O emprego da medicina nuclear em larga escala já possibilitou a identificação de diversas vantagens desse processo. Além da função preventiva resultante do diagnóstico precoce e minucioso, listaremos outros benefícios a seguir.

Procedimentos mais seguros

Em geral, os procedimentos de medicina nuclear são muito seguros e quase não têm contraindicações. Isso vale, em especial, para os diagnósticos. No caso de terapias específicas, o paciente precisa passar pela avaliação do seu quadro clínico para definir, com segurança, o uso dessa alternativa de tratamento.

Imagens mais nítidas

Os procedimentos mais utilizados são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, a chamada PET-SCAN. Nesses exames, os médicos fazem uma varredura nas células e tecidos para identificar alguma modificação de estrutura.

Com a precisão das imagens que mostram a condição dos órgãos, é possível identificar as áreas dos tecidos afetadas pela doença. Por conseguinte, o paciente receberá o tratamento adequado e focado especificamente nas áreas de lesões.

Avaliação do estágio da doença 

Em relação aos outros recursos, a grande diferença da medicina nuclear é a possibilidade de analisar as características estruturais e anatômicas dos órgãos. No diagnóstico de câncer, por exemplo, o médico pode identificar o estádio da doença e, assim, escolher a conduta mais adequada.

Quais são as perspectivas para a Medicina Nuclear no Brasil? 

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, atualmente, há mais de 400 postos de serviços dessa especialidade no país. A projeção para os próximos anos é que esse campo da medicina cresça exponencialmente.

No entanto, as unidades que trabalham com medicina nuclear precisam seguir as diretrizes dos órgãos gestores. Um dos aspectos cruciais é ter aprovação e autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), bem como das autoridades sanitárias locais.

Clínicas, hospitais, universidades e centros de pesquisa já perceberam a relevância dessa área para a definição diagnóstica e de tratamentos para doenças agudas e crônicas. Por isso, ela ganha cada vez mais espaço.

Nesse sentido, vale destacar a importância de manter as vacinas em dia e de realizar o check-up médico periódico. Igualmente relevante é fazer regularmente exames de sangue e outros exames complementares para manter a saúde e o bem-estar. 

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